quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Aumento de dias letivos na Educação

"Nosso Ministro da Educação quer ampliar de 200 para 220 os dias letivos (4 semanas a mais) na Educação Básica. Sr. Ministro da Educação, nós, professores, convidamo-lhe a passar apenas uma semana na sala de aula da Educação Básica, tanto na escola pública, quanto na escola particular, fazendo as ações inerentes a esta profissão (planejamento; correções; acompanhamentos; relatórios; atendimento aos pais; mediação em sala; etc...) para que sinta o quanto o trabalho do professor é INTENSO. 
Na época em que o Ministro foi aluno, as férias eram de 3 meses, havia menos alunos por turma, os professores eram respeitados, as famílias mais estruturadas e com mais tempo para os filhos. Hoje o contexto e a demanda são outros, o que justifica uma carga horária mais HUMANA. Sugiro que o Ministro pense em AÇÕES PÚBLICAS que favoreçam verdadeiramente as crianças (lazer, saúde, alimentação, trabalho e moradia digna para os pais, etc...) porque não se aprende e se torna cidadão apenas pela ação da ESCOLA E DO PROFESSOR. Será 
trabalhoso demais SR. MINISTRO? Sugiro, ainda, que o MINISTRO pense em como oferecer boas condições de trabalho e remuneração aos professores que estão a cada dia mais sobrecarregados e com péssima qualidade de vida. Ou a intenção é ACABAR com esta profissão? " (por Lenice Borges)

Ainda acrescento que o acréscimo de 20 dias há 16/17 anos atrás em nada melhorou a educação, visto que quando estudei eram 180 dias letivos e se aprendia muito mais do que hoje, pois os professores eram respeitados, os alunos COBRADOS e não havia essa porção de paliativos, como dependência, recuperação paralela e uma porção de medidas para mascarar resultados (não para melhorar o ensino). Hoje o aluno é ensinado a ser irresponsável (não pelo professor, mas pelo sistema!). Mudem as leis. Pensem e repensem na educação e não nos dias letivos...

Um comentário:

  1. Cara professora Lenice, vivemos numa sociedade com hábitos e demandas cambiantes, e o fato é que independente de qualquer contexto a educação sempre será o alicerce principal da estrutura social. O ministro Fernando Haddad está preocupado não com o desenvolvimento da educação mas com a sua imagem pessoal e politica, ao propor uma ação politica tão ineficaz quanto essa. Levando em conta a atual situação da educação hoje, professores mal remunerados e desrespeitados, alunos desinteressados, estruturas educacionais comprometidas, não é preciso muita sensibilidade para concluir que a solução não está no aumento da carga horaria, mas nos programas de incentivo a cultura e ao lazer, no aumento do piso salarial dos professores, no investimento nas estruturas de ensino, para que só assim possamos atingir um nivel de motivação minimo a alunos e professores, fazendo o sistema educacional fluir e se desenvolver.

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